7 de setembro de 2010

Dislexia e TDAH

Por que os dois quadros se confundem? A aprendizagem da leitura e escrita e a atenção são habilidades que envolvem unidades funcionais específicas. Tais unidades funcionais apresentam uma grande área de interseção em relação à planificação, programação, síntese, execução, verificação e seqüenciamento de tarefas cognitivas (Ciasca, 2010). Apesar dessas funções estarem alteradas nos quadro de Dislexia e TDAH, isso não significa que eles sejam sinônimos, pois são disfunções distintas que envolvem áreas funcionais distintas. Alguns critérios de avaliação podem ser considerados como diagnóstico diferencial para os quadros citados acima como, por exemplo: Tipo de atenção comprometida (sustentada na Dislexia e seletiva e sustentada no TDAH); a ocorrência obrigatória de dificuldades na linguagem escrita e leitura pra a Dislexia e ocorrência provável no TDAH; alterações comportamentais no quadro de TDAH presentes desde a pequena infância e alteração comportamental na Dislexia inaugurando-se junto com o fracasso escolar, ou seja, após o ensino formal da leitura/ escrita; déficit na memória operacional marcado no TDAH pela desatenção e na Dislexia pela dificuldade de decodificação que leva à fadiga e desatenção; a dificuldade na organização e execução de tarefas que nos disléxicos se manifestam principalmente em relação às tarefas acadêmicas e nos portadores de TDAH acompanha todas as tarefas cotidianas, incluindo as acadêmicas. Apesar de serem quadros com muitas manifestações semelhantes, os critérios já citados e outros podem ajudar a definir diagnósticos e estratégias de acompanhamento terapêutico. No entanto, quando há uma co-morbidade, essa tarefa torna-se muito difícil para os profissionais e muitas vezes a confirmação de que o indivíduo é portador dos dois transtornos só se confirma após o início de uma intervenção terapêutica onde se pode avaliar a resposta à estimulação realizada.Pela dificuldade apresentada, tais diagnósticos devem ser feitos por uma equipe profissional, pois requerem conhecimento de áreas afins como saúde e educação. Resumo da palestra apresentada dia 11 de Agosto no auditório da Cruz Vermelha. Fonoaudiólogas: Mônica Cuiabano e marta Cuiabano. Evento realizado pela colaboradora de Volta Redonda– AGRADA (Associação e grupode aprendizagem sobre o Déficit de Atenção).

12 de agosto de 2010

Palestra - Agosto 2010

A importância de materiais estruturados e apoio visual no autismo

Cláudia Moraes Presidente da APADEM – Sócio fundadora da APADEM Membro do Conselho Comunitário Escolar do SEMEIA – Professora – Cursando Pedagogia na UNIRIO Diferentes capacitações em TEACCH e PECs Dia 24 de Agosto de 2010 Horário: 19:00h às 20:30h Local: Shopping 33 - Volta Redonda Investimento: R$ 15,00 (quinze reais) por pessoa. Inscrições: fonofelix@gmail.com Organização: Priscila Felix Conheça mais sobre a APADEM (Associação de pais e amigos do Deficiente Mental – com foco no Autismo) http://www.apadem.blogspot.com/

9 de agosto de 2010

Teste da orelhinha, agora é obrigatório em todo país

Teste da Orelhinha já é obrigatório em todo o país Como o Dialogando 306 antecipou, o Projeto de Lei Nº 64/2004, que torna obrigatório o teste de Emissões Otoacústicas Evocadas, agora é lei e vale para todo o país. A Lei Federal Nº 12.303/2010 foi sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no DOU em 3 de agosto. A realização gratuita da triagem auditiva neonatal, conhecida como Teste da Orelhinha, passa a ser obrigatória em todos os bebês nascidos em hospitais e maternidades. A proposta inicial foi do então deputado e hoje senador Inácio Arruda (PC do B-CE), com o PL 3.842/97. Espera-se que a realidade que tínhamos até agora, onde, segundo a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), apenas de 5% a 10% da população brasileira de recém-nascidos faziam a triagem auditiva durante o ano, mude com rapidez e eficiência. (Fonte: site CFFa) O teste da orelhinha consegue detectar perdas auditivas em recém-nascidos e assim, o tratamento pode ser realizado desde cedo a a criança tem muitos ganhos no seu desenvolvimento. Cabe ressaltar que a colocação da prótese auditiva no primeiro ano de vida é fundamental para o desenvolvimento de linguagem da criança deficiente auditiva.

6 de julho de 2010

Por que trabalhar Consciência Fonológica?

Estudos brasileiros e internacionais demostram a importância da consciência fonológica para a alfabetização. Os resultados são bastante satisfatórios tanto na prevenção quanto na capacitação das crianças em habilidades que envolvem a leitura e a escrita.

Na educação infantil, o objetivo é prevenir o surgimento de problemas na aquisição da linguagem escrita pois seus efeitos permanecem a longo prazo. No ensino fundamental o objetivo é desenvolver noções básicas para melhorar a performance das crianças, na leitura e escrita, minimizando os déficits.

A maior parte das pesquisas realizadas nesse campo, envolviam crianças de risco, ou seja, aquelas que eram filhas de disléxicos e portanto, tinham chances consideravelmente maiores de desenvolverem distúrbios de leitura e escrita. Os resultados foram satisfatórios em relação à prevenção, mas não tão satisfatórios em relação aos padrões curriculares de alfabetização no Brasil, segundo as pesquisas iniciais. O currículo escolar regular do país não é adequado a crianças de risco pois tendem a aumentar a discrepância entre as crianças com risco de fracasso em leitura e as crianças com boas habilidades lingüísticas.

Os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Dinamarca têm reconhecido oficialmente a importância do ensino explícito das correspondências entre letras e sons, e das atividades para desenvolver a consciência fonológica. Do mesmo modo, a Alemanha, o Chile, a Espanha adotam métodos mistos, com reconhecimento crescente da importância da introdução de instruções fônicas e metafonológicas como parte fundamental do currículo escolar. Tais instruções são de extrema importância em diferentes idiomas pois englobam as correspondências grafofonêmicas e suas “irregularidades”.

As atividades que são desenvolvidas apresentam um grau crescente de dificuldades e busca desenvolver três grandes competências no aluno: consciência fonológica, conhecimento das correspondências grafofonêmicas, e melhora na performance qualitativa da leitura e escrita, ou seja, habilidades lingüísticas que envolvem a produção e interpretação de textos.

Troca de letras parecidas

Uma das trocas que pode ocorrer na criança, principalmente durante o processo de alfabetização, é a troca de letras parecidas na escrita. Como o próprio nome já diz, consiste nas trocas de letras com o traçado visualmente semelhante. Na alfabetização, com o aprendizado de muitas letras e seus sons, estas trocas podem aparecer com uma frequencia maior, mas tendem a desaparecer logo. Para se ter uma idéia, a partir da 1a Série/ 2o Ano, essa característica é cada vez mais rara, com uma incidência menor que 1% (segundo Zorzi, 1998) em relação a outros erros ortográficos. Por isso, quando tais trocas persistirem na escrita da criança , é o caso de uma avaliação mais detalhada. Além disso, se esta troca estiver presente também na leitura, há uma dificuldade ainda maior. Em casos de Dislexia, é comum aparecerem as trocas de letras parecidas, tanto na escrita quanto na leitura. As confusões mais comuns envolvem os grupos abaixo: f t p q b d m n n h c o o a (letra script) e c i j n r v u t l b h Dígrafos: ch lh nh ____________________________________________ Bibliografia: Zorzi, J. L. Aprender a Escrever - Editora Artes Médicas, 1998.

26 de junho de 2010

Disgrafia

Foi publicada a matéria "Estudantes com disgrafia têm rendimento afetado", na internet (ver site abaixo) com boas informações. Segue um resumo da matéria: Garranchos no papel, escrita além da margem do caderno e dificuldade para escrever podem ser indicadores de um distúrbio da aprendizagem denominado Disgrafia. O problema é melhor identificado em crianças de 9 a 10 anos e atinge uma média de 4% da população com Transtorno de Aprendizagem. Grande parte dos disgráficos apresentam baixo rendimento escolar e são considerados desatentos ou desleixados pelos pais ou professores.

Os especialistas consideram como principais características da disgrafia: * Dificuldade para escrever; * Escrita marcada por junção de letras maiúsculas e minúscula; * Mistura de letra de forma e cursiva; * Letras muito juntas ou incompletas; * Dificuldade ou lentidão para realizar cópias; * Falta de respeito à margem do caderno; * Emprego de muita força na mão no momento da escrita que comprometem a caligrafia.

“Quando há esses indícios, é importante que se busque a intervenção o mais precocemente possível de modo a amenizar o problema da caligrafia”, afirmou Sônia das Dores Rodrigues, doutora em Ciências Médicas pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora do Laboratório de Distúrbios e Dificuldades da Aprendizagem e Transtornos da Atenção (Disapre) da Unicamp.

A disgrafia pode ser adquirida por lesão ou ser resultado de uma disfunção no Sistema Nervoso Central (SNC). Para alguns especialistas, enquanto a lesão resulta em perda de habilidades anteriormente adquiridas, a disfunção resulta no desenvolvimento anormal da habilidade de escrever. “A disgrafia de enfoque funcional começa a ter maior consistência a partir do início da escolarização. A habilidade de escrita vai ficando abaixo do nível esperado para a idade cronológica”, afirmou a neuropsicóloga e coordenadora do Disapre, Sylvia Maria Ciasca. Segundo a pesquisadora, a disgrafia é o segundo maior transtorno da aprendizagem, perdendo apenas para a dislexia — a falta de habilidade na linguagem que se reflete na leitura. Sylvia Maria Ciasca, coordenadora do Disapre: disgrafia é o segundo maior transtorno de aprendizagem _________________________________________________ O texto na ítegra, pode ser encontrado na página: http://cosmo.uol.com.br/noticia/56300/2010-06-22/estudantes-com-disgrafia-tem-rendimento-afetado.html Adaptação: Priscila Felix Colaboração: Régis Panuche, seguidor do Blog

3 de junho de 2010

Brincadeira do barulho

As onomatopéias são sons que usamos para designar algo. São sons representativos, pois fazemos uma espécie de imitação do som real usando "FALA". Exemplo: toc toc (batida na porta). As onomatopéias aparecem, na fala, por volta de um ano de idade e devem ser incentivadas. Para que a brincadeira fique ainda mais divertida, podemos usar miniaturas, figuras ou até mesmo objetos reais. O legal mesmo é inventar sons diferentes! Dramatizar! Elas também podem surgir nas primeiras etapas de faz-de-conta, em pequenas dramatizações. DICA: O único cuidado que devemos tomar está relacionado ao nome do bicho ou objeto, ou seja, a onomatopéia não deve substituir a palavra.
Sendo assim, não devemos dizer “este é o au au”. Devemos chamar o cachorro de cachorro e explicar que ele FAZ "au au".
Essa é uma dica importante para sempre ampliarmos o vocabulário da criança.
Aqui estão algumas onomatopéias para incrementar a brincadeira: Avião – vvvvvvvvvv... Foguete – ffffffff.... Sino – blém blém Água – chuá Mergulho - Tchibum Buzina – bi bi fom fom Cantoria – lá lá lá lá Navio – buuuuum.... Silêncio – shhhhh...... Tosse - cof cof Espirro - atchim Cachorro – au au Gato – miau Galinha – có có có Pintinho – piu piu Ovelha – méééé... Vaca – muuuu... Bode – béééé... Cavalo – rinnnn.... Pato – qua qua Sapo – croac croac Porco – óinc óinc Abelha – zum zum Cobra – sssssss.... Leão – roar Macaco – u u á á Peru – glu glu Passarinho – pi pi pi Relógio – tic tac Trem – piuí piuí Telefone – trim trim... Tambor – tum tum Ronco – rooom... fiu... Risada – hahaha Choro de neném – unhe unhe Batida na porta – toc toc Índio - u u u u Se você, lembrar de outra, por favor, deixe o seu comentário para que a gente possa aumentar a lista!!

23 de maio de 2010

Como brincar de Faz de conta - Parte 1

Por volta de um ano de idade, começamos a observar comportamentos diferentes na brincadeira. Diferentes porque envolvem um “fazer-de-conta”, ou seja a Brincadeira Simbólica. Neste mesmo período também notamos o surgimento das primeiras palavras. Assim, com a Brincadeira Simbólica e a Linguagem aparecendo, algo novo começa a ficar evidente na evolução infantil: a capacidade para representar, a habilidade para evocar fatos e se referir a objetos e situações ausentes na realidade. O primeiro passo da Brincadeira Simbólica é o “Uso convencional dos objetos”, o que é uma conduta pré simbólica. A criança não aplica mais aos objetos quaisquer ações, mas sim, aquelas ligadas ao uso apropriado ou convencional destes objetos. Por isso o papel da imitação é muito importante! À medida que a Brincadeira Simbólica evolui, ela passa a tomar conta da vida da criança que, por sua vez, ganha mais em linguagem, imaginação e aprendizados. As outras etapas da Brincadeira Simbólica, ficam para as próximas postagens! Dicas para incentivar a Brincadeira Simbólica: Brincadeiras de imitação; Ter um espelho, na altura da criança, no local em que ela passa mais tempo brincando; Utilizar objetos convencionais e incentivar a dramatização com o uso deles. Representar, com estes objetos, situações do cotidiano: tomar banho, escovar os dentes, arrumar a mochila da escola etc... Bonecas e bonecos com rosto humano. (inicialmente eles podem ser passivos na brincadeira). É importante ter o adulto como mediador desta brincadeira e como uma pessoa que pode “ensinar” palavras novas, para o aumento de vocabulário.

22 de maio de 2010

Narrativa com imagens

Atendendo a pedidos, aqui estão mais indicações de livros sem texto. Recomendo todas pois as histórias são muito criativas! Narrativas criadas com imagens para imaginar, contar, recontar e se divertir com as crianças. Poá Marcelo Moreira, Editora Abacatte Brinquedos André Neves, Editora Mundo Mirim Coração de Ganso Regina Rennó, Editora Mercuryo Jovem
O mistério da caixa vermelha Semíramis Paterno, Editora Compor .
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Zuza e arquimedes Eva Furnari, Editora Paulinas
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Onde canta o sabiá Regina Rennó, Editora Compor
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Onda Suzy Lee, Editora Cosacnaify
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Se você quiser saber orientações para utilizar esse tipo de livro, acesse a postagem de janeiro deste ano, aqui no Blog - A Fonoaudiologia fala por si: http://fonopriscilafelix.blogspot.com/2010/01/use-livros-sem-texto-com-as-criancas.html

6 de maio de 2010

Resiliência

O termo resiliência vem sendo utilizado há algumas décadas. É apontado como a capacidade de resistir às adversidades e situações estressantes, mantendo a saúde mental. Apontado também como um traço individual, de personalidade e temperamento. Mas podemos destacar sete categorias ou comportamentos considerados resilientes, segundo Wolin & Wolin (1993), são estes: Insight: hábito de fazer perguntas e dar respostas honestas.
Independência: distanciamento físico e emocional para satisfazer as próprias demandas.
Relacionamento: equilíbrio maduro entre a própria satisfação e o envolvimento atencioso com os outros.
Iniciativa: consideração dos problemas como um desafio para o próprio progresso no desempenho.
Criatividade: capacidade de organizar com ordem, objetivo e beleza as experiências, problemas e sentimentos dolorosos.
Humor: superar-se com o cômico em meio a situações adversas.
Moralidade: desejo de uma boa vida para todos os seres humanos. A resiliência é uma das forças mais importantes na promoção da saúde.
________ Fonte: Valle, L E R & Guzzo, R S L. Desenvolvimento Infantil. Ed Tecmedd, 2004

29 de abril de 2010

Fotos da palestra de Leitura e Escrita

As palestras de Leitura e Escrita foram muito proveitosas!
Realizadas em meu próprio consultório, foi um encontro aconchegante e cheio de trocas:
No dia 20, um grupo coeso participou de forma interesada. O mesmo aconteceu no dia 27 com um grupo ativo nas dinâmicas realizadas.
Leitura e Escrita:
Como os pais e professores podem ajudar a criança
Nos dois dias estavam presentes:
As professoras - Carollini, Célia, Lourdes, Karine, Marcelly, Rhanielle, Andréia.
As psicólogas - Terezinha Stege e Pollyanna Nogueira.
As pedagogas - Cibele Andrade e Maristela da Costa.
A fonoaudióloga - Lorenza Feliciano.
As mães dedicadas a lindas crianças - Ana e Adriana.
Gostaria de fazer um agradecimento especial à Cibele, Pollyanna que me ajudaram na organização.
Também gostaria de deixar um abraço carinhoso à D. Nair, que me auxiliou nos imprevistos!
Confira as fotos:
Espero vocês nos próximos!

26 de abril de 2010

Palestra de TDAH - Cruz Vermelha - Abril/10

A AGRADA, realizou mais uma palestra neste mês de Abril. No auditório da Cruz Vermelha, contamos com a presença de várias pessoas interessadas no tema:
Diagnóstico precoce do TDAH
Contamos a presença de:
Dr. Aristides - Médico Psiquiatra
Pollyanna Nogueira - Psicóloga
Terezinha Stege - Psicóloga
Lucillay - Diretora da Escola M. Cruz de Souza em Porto Real
Marli - Orientadora Pedagógica do Colégio São Marcelo
Josi - Fonoaudióloga
Jusimar Brandão - Psicopedagoga
e outras pessoas que somaram ao evento.
Os palestrantes (da esq. para dir.):
Dra Elisabete Melo - Pediatra
Carmem Stehling - Psicóloga
Priscila Felix - Fonoaudióloga Dr Rubens Soares de Melo - Psiquiatra
Primeira parte foi apresentada pelo Dr Rubens, Psiquiatra
Dra Elisabete complementou com informações dentro da Pediatria
A psicóloga Carmem trouxe informações importantes sobre o diagnótico
Eu, Priscila Felix, finalizei com o desenvolvimento "normal" do processo atentivo

O grupo respondeu as perguntas da platéia, houve grande participação. Esperamos você na próxima palestra sobre Transtornos do Humor, com a psiquiatra Cecília Dornas.

24 de abril de 2010

Conversa sobre literatura infantil

Em Abril, comemoramos o dia do Livro Infantil, e por isso, para que a data náo passe em branco, deixo esta postagem. Um texto que dá dicas de como escolher um livro de acordo com a idade da criança e sua fase de desenvolvimento.
E por falar em literatura... O ato de ouvir e contar histórias está, quase sempre, presente nas nossas vidas: desde que nascemos, aprendemos por meio das experiências concretas das quais participamos,mas também através daquelas experiências das quais tomamos conhecimento através do que os outros nos contam. Somente iremos formar crianças que gostem de ler e que tenham uma relação prazerosa com a literatura se propiciarmos a elas, desde muito cedo. (...) Esse é um ponto crucial: para formar crianças que gostem de ler e vejam na leitura e na literatura uma possibilidade de divertimento e aprendizagens, nós adultos, precisamos ter uma relação especial com a literatura e a leitura: precisamos gostar de ler, ler com alegria, por diversão; “brigando” com o texto, discordando, desejando mudar o final da história, enfim costurando cada leitura, como um retalho colorido, à grande colcha de retalhos – colorida, significativa – que é a nossa história de leitura. Para os pequenos – 0 a 2 anos Quando estamos com uma criança pequena, de até dois anos, precisamos perceber que é através dos sentidos, e das informações aprendidas através deles, que ela irá compreender o mundo que a cerca (e a literatura faz parte desse mundo). Assim, tudo o que puder ser cheirado, ouvido, visto, tocado ou saboreado terá uma grande importância. Também os livros só serão interessantes e desafiadores se, de algum modo, puderem atender a essa forma de conhecer o mundo. Logo terão muito mais sentido para as crianças dessa idade livros de borracha (de banho) ou livros de pano, que possam ser manuseados pela própria criança ou, o que é mais provável, levados à boca, sem riscos. Os livros sonoros também são muito apreciados por essa faixa etária. A partir dos 2 anos... É importante lembrar que, aproximadamente aos dois anos, a criança começa a dominar a linguagem oral: compreende um número expressivo de palavras, fala e comunica-se com os adultos e as demais crianças com muito mais facilidade. Nesta fase, as palavras ganham destaque. Agora, os livros que contêm histórias breves, sem muitos personagens e com enredos simples, passam a chamar atenção. Nesta fase os livros com grandes ilustrações, que ocupem a maior parte das páginas, que contam história - permitindo que as crianças pequenas a recontem sem auxílio do adulto – são muito importantes e favorecem a autonomia da criança frente ao livro. Para os leitores mais crescidos – 3 a 6 anos À medida que vão crescendo e tornando-se falantes plenos da língua portuguesa (dominando as regras de sintaxe e ampliando o vocabulário), as crianças passam a se interessar mais pela escrita. Nesse momento, as histórias (os textos) passam a ganhar destaque e, com elas, os rituais de leitura passam a ter um sentido especial. Ao redor dos três anos, os contos de fadas passam a despertar o interesse infantil: histórias que auxiliam a criança a organizar suas experiências de vida, lidar com receios e alegrias, com conquistas e perdas, enfim, com seus sentimentos contraditórios. Além disso, os contos de fada, com seus seres mágicos e seus finais exemplares são histórias que possibilitam as crianças de qualquer contexto – social, econômico, cultural, étnico, racial – a vivência de uma experiência sem precedentes. Por volta dos quatro anos, as narrativas mais longas e a poesia ocupam lugar de destaque. Narrativas que envolvem um número maior de personagens, lendas e histórias com um desfecho mágico são extremamente atraentes para as crianças nesse período. Finalizando... Cabe destacar que a criança que convive em um ambiente desafiador, do ponto de vista lingüístico (em que haja livros, revistas, jornais, embalagens...), demonstrará interesse pela escrita. Não raro, se perguntarmos para uma criança o que ela está fazendo,ouviremos: “escrevendo”. Por fim, é sempre bom lembrar que literatura é arte. Arte que se utiliza da palavra como meio de expressão para, de algum modo, dar sentido à nossa existência. Se nós, na nossa prática cotidiana, deixarmos um espaço para que essa forma de manifestação artística nos conquiste seremos, com certeza, mais plenos de sentido, mais enriquecidos e mais felizes.
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Fonte: Educação Infantil, pra que te quero? (Craidy, C. & Kaercher, G.)
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Adaptação: Cibele Andrade - Coordenadora Pedagógica do C. E. Crescendo Feliz
Colaboração: Priscila Felix - Fonoaudióloga Escolar do C. E. Crescendo Feliz
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Como sempre é colocado nas postagem aqui no Blog, novamente ressalto: As idades são apenas referências. É preciso considerar variações individuais no desenvolvimento da criança.

21 de abril de 2010

A criança canhota

Idade e Fase de preferência manual: Do nascimento ao 7° mês - Usam indiferentemente as mãos 7° ao 10° mês- Clara preferência pelo uso de uma das mãos 10° mês aos 2 anos - Usam indiferentemente as mãos 2 anos -Manifesta preferência manual 2 aos 6 anos - Podem aparecer fases curtas de variação 6 anos - A preferência está evidente. A maioria das crianças não tem uma clara preferência manual antes dos dois anos. A partir dessa idade, já começam a manifestar uma tendência decisiva para uma das mãos; mas será a partir da entrada na educação infantil que a criança faz a escolha da lateralização definitiva. Neste momento, é importante respeitar a decisão da criança, mesmo que ela escolha a mão esquerda. Os pais devem aceitar o fato de a criança ser canhota e não tentar modificá-la. A mão dominante é dirigida pela área do cérebro que também controla a fala, a escrita e a leitura. Uma interferência no processo, pode acarretar problemas de fala, além de dificultar a leitura e a escrita. Além disso a criança pode ficar confusa, frustrada e ansiosa. Ao invés de critica-la ou corrigi-la, os pais devem ajuda-la. A aprendizagem da escrita pode ser difícil para os canhotos, pois a mão esquerda, ao deslocar-se através do papel, tampa e por vezes borra as palavras acabadas de escrever. Dicas: Dê à criança um lápis que não borre e ensine-a a segurar o lápis afastada do ponto onde encontra o papel para que veja o que está escrevendo. Quando a criança entrar na escola, informe os professores de que ela é canhota. À mesa, disponha os pratos e os talheres do modo mais conveniente para ela. As ferramentas e os instrumentos domésticos são, talvez, as coisas que causam mais problemas aos canhotos, mas cada vez mais aparecem instrumentos para que a mão esquerda seja usada, como, por exemplo, tesouras, abridores de lata, descascadores de legumes tesouras de podar. A criança canhota tem que se contorcer para usar o caderno, e no momento da alfabetização é uma preocupação a mais que ela encontra, caso contrário, não enxergará o que está escrevendo uma vez que a mão esquerda tampa o que foi escrito. Isto ocorre porque a escrita ocorre da esquerda para a direita. Material escolar é um problema para canhotos: A espiral atrapalha o punho, réguas têm a numeração da esquerda para direita (para canhotos o mais fácil é traçar uma linha no sentido contrário) As tesouras impedem que vejam a linha sendo cortada. Pode parecer bobagem, mas não é nada fácil para uma criança canhota usar uma tesoura ou sentar-se numa carteira escolar convencional. Esses objetos, como muitos outros (abridores de lata, instrumentos musicais de corda, baralhos, relógios) foram desenhados para ser usados por destros. Cinco formas de facilitar a vida do canhoto 1 - Se você notou que seu filho pequeno tem tendência a ser canhoto, avise a escola para que os educadores o ajudem nessa descoberta. 2 - Caso a criança esteja sendo alfabetizada, converse com a escola para que seja providenciada uma carteira adequada. 3 - Não "corrija" a criança mudando os objetos da mão esquerda para a direita. Senão ela pode ter dificuldade de aprendizado. 4 - Mesmo com poucas ofertas, compre o que for desenvolvido para ele. Alguns cuidados melhoram o desempenho escolar dessa garotada. 5 - Para manter bem a autoestima do filho, invente histórias de reis, rainhas, heróis e heroínas canhotos. Fonte:www.mundocanhoto.com.br,revistacrescer.com Postado por JOHANNA TERAPEUTA OCUPACIONAL http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com/

16 de abril de 2010

Comunicado

Atenção, as incrições para a Palestra do dia 20 de Abril estão encerradas! A Palestra terá como tema: "Leitura e Escrita - Como os pais e professores podem ajudar a criança" Devido à grande procura, a mesma palestra será realizada TAMBÉM no dia 27 de Abril. Ligue e reserve a sua vaga para o dia 27. Não serão aceitas inscrições no local. Pré -inscrições pelo tel: (24)9832-5002 ou pelo e-mail: fonofelix@gmail.com Um grande abraço Priscila Felix

15 de abril de 2010

Fotos da palestra na APADEM

Fiquei muito contente de participar mais de perto da APADEM, uma associação que tem um trabalho ativo em relação ao Autismo.
Gostei da recepção, de todas as pessoas e principalmente do clima de troca com os participantes durante da palestra.
Agradeço o convite e o carinho da APADEM!
E um abraço especial à Cláudia (Presidente).
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Aqui estão as fotos da palestra que teve como tema:
"Autismo, Reforçadores e Funções do comportamento".
Contamos com a presença de Elizete - Diretora do Centro Educacional Tiradentes e equipe
Jusimar Brandão - psicopedagoga
Cibele Andrade - Diretora d Creche M. Elza Bertazzo e do C. E. Crescendo Feliz
Guiomar Albuquerque - Fonoaudióloga, professora universitária, doutora em linguística pela UFRJ
Professora Evania do SEMEIA
Fonoaudióloga Josi do CAPS2
Psicóloga Simone CAPS2 e demais profissionais que somam à todos nós.
Cláudia Moraes, Presidente da APADEM. Platéia que participou bastante, com perguntas e colocações interessantes! Todos atentos aos avisos da Associação. O trabalho não pára! Que bom!

12 de abril de 2010

A criança TDAH na Escola

A criança desatenta e hiperativa na Escola, pode apresentar uma série "sinais", fruto dos sintomas maiores que caracterizam o quadro de TDAH. Dentre eles, podemos observar: Não copia frases completas do quadro negro. Esquece sinais gráficos. Muitas manchas de borracha no caderno. Escreve com força, ao utilizar o lápis. Não pinga o “i” e não corta o “t”. Escreve a mesma palavra com grafias diferentes no mesmo texto. Ao fazer contas não presta atenção nos sinais. Trabalho escolar confuso e desorganizado. Desorganização para escrever e fazer anotações no caderno. Perde folhas, copia a matéria no local errado. Exemplo: escreve o conteúdo de história no caderno de português. Material mal cuidado. Perde objetos e materiais. Não acha os seus pertences na mochila. Pede muito para sair da sala. Dificuldades com horários ou troca de salas durante o período de aula. Exemplo: demora para voltar do recreio ou demora para chegar ao laboratório pois vai em outro lugar primeiro. Pede repetição do que foi dito com freqüência. Alteração no ritmo da fala. Dificuldade na estruturação de sentenças, inclusive orais. Demora a cumprir as tarefas propostas. Participa pouco de tarefas tradicionais. Impulsividade nos diálogos – dificuldades com turnos. Pouco ou nenhum uso de estratégias facilitadoras para o seu aprendizado. Cai e se machuca com frequencia. Fala bastante no caso de hiperativo. Ou fala muito pouco, no caso do desatento. _____________________________________________ Esta postagem tem como intuito descrever alguns sinais, sem esquecer que cada criança é única e que o quadro apresentado é individual e muito variável.

11 de abril de 2010

Os direitos das pessoas com necessidades especiais

Este evento acontecerá no mesmo dia que a palestra de TDAH na Cruz Vermelha, onde estarei como palestrante. Entretanto não posso deixar de divulgá-lo, já que o tema é tão importante quanto o TDAH.
Duas palestras interessantes no mesmo dia, com entrada franca e voltadas para a conscientização. Duas palestras que me levam a crer que Volta Redonda está investindo em estudos e pricipalmente, investindo na informação dada às pessoas.
Que as palestras e eventos informativos nunca parem. É exatamente isso que todo mundo precisa!
"Uma mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu tamanho original"
(Albert Einstein)
Priscila
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A APADEM (Associação de Pais e Amigos do Deficiente Mental/ com foco no Autismo) tem o prazer de convidá-los...
PALESTRA:
“Os Direitos das Pessoas Com Necessidades Especiais (Deficiência Mental) e o Papel do Ministério Público na Defesa das Pessoas Com Deficiência”
Dia: 14 de Abril de 2010 Às 19:00 Local: Cúria Diocesana – Rua 25 b – 44 Vila Santa Cecília Volta Redonda (RJ)
Telefone : ( 24 ) 3340-2801 Palestrantes: Promotores de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ENTRADA FRANCA Realização: APADEM Apoio: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro Informações: http://mail.uol.com.br/compose?to=apademvr@gmail.com Tel: 24- 3337 3683

6 de abril de 2010

Palestra sobre TDAH

A ASSOCIAÇÃO E GRUPO DE APRENDIZAGEM DO DÉFICIT DE ATENÇÃO – A.G.R.A.D.A.
CONVIDA VOCÊ A PARTICIPAR DA MESA REDONDA
“O DIAGNÓSTICO PRECOCE DE TDAH” PALESTRANTES: Drª Elizabeth Melo -Médica Pediatra Carmem Stehling - Psicóloga Priscila Felix - Fonoaudióloga
Público Alvo: Pais , Profissionais da área de Saúde e Profissionais da área de Educação.
Dia 14 de Abril
Horário: de 20h00 às 22h00
Local: Auditório da Cruz Vermelha
Rua 40 nº13 – Vila Sta Cecília_ Volta Redonda – RJ
Inscrições: ((24) 3342-8552

4 de abril de 2010

Para favorecer o contato visual no Autismo

Seguem algumas dicas:
Posicione-se no mesmo plano que a criança.
Olhe-a sempre, mesmo quando ela não estiver te olhando.
Quando a criança olhar para você, procure não desviar o olhar. Se tiver que pegar algum objeto ou mostrar algo, espere que ela desvie o olhar de você primeiro.
Exagere em expressões faciais nas brincadeiras.
Direcione o olhar dela para você ou para o que você está mostrando.
A princípio, utilize qualquer coisa que for realmente atrativa para a criança.
Procure incentivar o olhar alternado, entre você e algum objeto de interesse.
Incentive-a a olhar seguindo o que você aponta (mais distante).
Traga objetos para o nível dos seus olhos, ao mostrá-los à criança.
Brinque com óculos, chapéus e tiaras divertidas. Seja criativo e busque usar adereços diferentes, principalmente no rosto e cabeça.
Brinque em frente ao espelho sempre, mesmo que a criança não se olhe o tempo todo. O espelho deve mostrar a criança de corpo inteiro.
Deixe alguns bonecos com rostos humanos bem acessíveis a ela e a você. Posicione-os perto das brincadeiras que vocês fazem, como se fossem um coadjuvante.
Utilize tais orientações, não só nos momentos de brincadeira, mas sim, sempre que possível.
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Esta postagem tem como intuito dar algumas dicas, sem esquecer que cada criança é única e que a resposta individual é muito variável.

31 de março de 2010

Especialidade importante

Nova especialidade!! Fonoaudiologia Escolar-Educacional foi reconhecida pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia como área de especialidade da profissão na 22ª Sessão Plenária Extraordinária, em 20 de março. Para aprovação da nova especialidade, verificou-se que a mesma possui complexidade e acúmulo de conhecimentos que transcende o aprendizado do curso de graduação, apresenta relevância epidemiológica e demanda social delineada, além de reunir conhecimentos que definem um núcleo de atuação própria. A decisão é resultado de estudo e debate com Conselhos Regionais, Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Academia Brasileira de Audiologia, Instituto Brasileiro de Fluência, Associação Brasileira de Gagueira e Instituições de Ensino Superior, desde 2008. A decisão também contemplou a atuação em Disfagia, que agora também passa a ser considerada uma especialidade. _________ NOTA: Decisões como estas fazem com que o nosso trabalho seja ainda mais específico, gabaritando profissionais para as diferentes áreas e contribuindo ao estudo constante. Gostei!!

27 de março de 2010

Livros de Consciência Fonológica para a Escola

A Consciência Fonológica é de suma importância para tratar e prevenir os Transtornos de Aprendizagem. Com atividades envolvendo os sons das palavras, sílabas e rimas, conseguimos melhorar a fluência de leitura e consequenemente a compreensão do que é lido. Em visitas às Escolas, sempre dou sugestões de atividades de Consciência Fonológica para que o professor possa usar com as crianças. Estas atividades podem ser feitas em grupo ou individualmente. A forma mais interessante é realizar as atividades em grupo para que todas as crianças da sala possam se beneficiar. Hoje, vou sugerir livros com atividades práticas de Consciência Fonológica, estes livros podem ser muito úteis para os profissionais de Educação. Consciência Fonológica em crianças pequenas. Jager Adams 2006 Editora Artmed 215 páginas Consciência Fonológica: Atividades Práticas Elisabeth Crepaldi de Almeida 2003 Editora Revinter 102 páginas Alfabetização: Método Fônico Alessandra Gotuzo Capovilla 2007 Editora Memnon 393 páginas Boa leitura!

26 de março de 2010

Na noite de 1 de Abril, o prédio Empire State em NY estará acesso com luzes azuis em conscientização sobre o Dia Internacional do Autismo em 2 de Abril. A luz azul e uma peça de quebra cebeça azul, são os maiores símbolos relacionados ao dia. Faça você também, parte dessa campanha.

23 de março de 2010

Campanha da Voz: 2010

Olá Seguidores!
O Conselho de Fonoaudiologia está iniciando mais uma Campanha da Voz. Minha especialidade está voltada para a área da Linguagem, mas como fonoaudióloga que ama a profissão, fiquei bem feliz com o tema da "Voz" deste ano:
Voz saudável, gente consciente.

Esta campanha é para todo mundo.

A campanha acontece na semana do Dia Mundial da Voz (comemorado em 16 de abril).

“Quem cuida da Voz sempre tem o que Falar”- porque prevenir problemas vocais, principalmente quando utilizamos a voz como instrumento de trabalho, está ao alcance de todos. Basta que o fonoaudiólogo seja consultado para orientar adultos, crianças e idosos.
Fique de olho nas novidades na semana do dia 16 de Abril, em sua cidade.
Um abraço
Priscila

21 de março de 2010

Para refletir: O que é funcional?

Meu irmão mais velho, Daryl Tem 18 anos, é deficiente mental (QI 30-40) Está na escola há 12 anos Nunca esteve em nenhum outro ambiente Teve muitos anos de "instrução individual" Aprendeu muitas coisas ! Daryl consegue agora fazer muitas coisas que não sabia antes !
Consegue por 100 pinos em uma prancha com 95% de acerto. Mas, não fichas para comprar uma Coca
Consegue mostrar seu nariz, ombro, perna, pé e ouvido. Ainda está aprendendo braço e tornozelo. Mas não consegue assoar o nariz quando precisa.
Consegue fazer um quebra-cabeças do Mickey com 12 peças com 100% de correção, Colorir um coelhinho da Páscoa e ficar dentro das linhas. Mas, ele prefere música e nunca lhe ensinaram a ligar o rádio ou toca-fitas.
Ele agora consegue dobrar papel na metade e até em quatro. Mas, não consegue dobrar suas roupas.
Consegue separar blocos por cores, até 10 cores diferentes ! Mas, não consegue separar suas roupas brancas das coloridas para lavar.
Pode rolar massinhas e fazer coisas maravilhosas. Mas, não consegue enrolar a massa para fazer pãezinhos.
Sabe enfiar contas alternando cores e copiando um modelo ! Mas não sabe enfiar o cordão em seus sapatos.
Consegue cantar o alfabeto e dizer-me, com 80% de exatidão, os nomes de todas as letras maiúsculas quando apresentadas em fichas. Mas, não sabe distinguir o banheiro feminino do masculino quando vamos ao McDonald's.
Sabe identificar com 100% de exatidão 100 figuras diferentes. Mas, não sabe pedir um hamburguer mostrando e fazendo gestos.
Sabe andar em uma prancha de equilíbrio para frente, de lado e para trás ! Mas, não consegue subir sem assistência nas arquibancadas do ginásio para o jogo de basquete.
Sabe contar até 100 de memória. Mas não sabe quanto dar no McDonald's para pagar uma refeição de $12,59.
Consegue por o bloco dentro, em baixo, ao lado e atrás da caixa. Mas, não sabe achar o lixo do McDonald's e esvaziar sua bandeja.
Sabe sentar-se em um círculo com comportamento apropriado e cantar "Ciranda, Cirandinha" Mas, ninguém mais da sua idade, na vizinhança, parece querer fazer isso.
Eu acho que talvez ele ainda não esteja pronto ...
(Traduzido e adaptado por Heloíza Goodrich)
Vamos pensar no que realmente uma criança precisa, o que realmente é funcional.

19 de março de 2010

Dia Mundial do Autismo

Olá Seguidores!
Este, é mais um trabalho bonito e competente da APADEM:
Uma semana inteira de eventos relacionados ao "Dia Mundial da Conscientização do Autismo".
PROGRAMAÇÃO Segunda- dia 29/03 – 19:00 Tema do dia: Irmãos de Autistas Abertura: Apresentação de Maria Clara Portela (teclado) Exibição do filme Black Balloon – Comentários Dra Erica V. Lacerda (Fonoaudióloga) Local: Auditório SME (Secretaria Municipal de Educação/VR) Rua Santa Helena, nº.22 – Niterói- Volta Redonda Terça –dia 30/03 – 14:00 Tema do dia: Divulgando o Autismo Caminhada, Panfletagem e Divulgação na Mídia Concentração: Praça Brasil – Vila Santa Cecília Quarta –dia 31/03 – 18:00 Tema do dia: A Arte Autista Exposição de telas de pessoas com Autismo Artistas: SEMEIA, Escola Dayse Mansur, Escolas Inclusivas, entre outros, de todo o Brasil. Local: Auditório da SME Sexta- dia 09/04- 14:00 Tema do dia: A Nutrição dos Autistas Mini palestra, mini oficina, degustação e venda de produtos sem glúten e sem caseína Nutricionista responsável: Lívia Eller Local: Sede da APADEM Rua Beira-rio ,413- Voldac- VR Sábado- dia 10/04- 18:00 Tema do dia: O Autismo Palestra: Autismo e a Importância do Diagnóstico Precoce Palestrante: Monica Accioly (Rio de Janeiro). Fonoaudióloga, Membro fundador e Coordenadora Técnica da Associação Mão Amiga/RJ Homenagem: Entrega da placa “Prefeito Amigo dos Autistas” Ao Exmo Sr. Prefeito Municipal Antonio Francisco Netto. Local: Auditório da SME Maiores informações: http://mail.uol.com.br/compose?to=apademvr@gmail.com tel: 24- 3337 3683

18 de março de 2010

Blog Sebo

Olá seguidores! Encontrei um Blog Sebo que vende livros de fonoaudiologia. O Blog Sebo é muito criativo, por isso resolvi divulgá-lo numa postagem aqui. http://milcoisas1000.blogspot.com/ Um abraço Priscila

14 de março de 2010

Compreensão de Linguagem: 1 / 2 anos

A Compreensão da Linguagem na criança, aparece muito antes da expressão da linguagem de forma convencional. Em crianças pequenas, podemos observar algumas emissões de sílabas combinadas, durante o balbucio 7/8 meses e jargões por volta de 10, 11 meses de idade, mas estas emissões não têm tanto significado. Não são propriamente palavras convencionais, mas sim palavras próprias. Quando as palavras convencionais começam a aparecer, por volta de 1 ano de idade, é porque a compreensão já está muito desenvolvida e com bases importantes. Com 1 ano a criança já demonstra a compreensão de várias coisas, como: · O próprio nome. · Instruções simples como: pega, dá, não (acompanhadas de gestos). · Perguntas simples, dando respostas não verbais. Ex.: negação, aceitação etc... · Sentimentos como: carinho, zanga, alegria etc. De 1 a 2 anos, a criança começa a compreender uma série de sentenças ditas por nós, inclusive as mais longas e até algumas palavras não tão usuais. Dentre as características de compreensão, podemos citar: · Entende quando dizemos “mais”, “quer”, “acabou”, “foi embora”. · É capaz de dar ou mostrar algo a pedido. · Entende 2 ordens simples (sem estarem acompanhadas de gestos indicativos). · Mostra, a pedido, algumas partes do corpo em si e no outro. · Aponta para objetos quando lhe dizemos o nome. · Compartilha mais com outra criança, objetos e alimentos quando lhe solicitamos. As relações sociais da criança ficam mais amplas, nesta época, e ela está a cada dia mais curiosa. Para favorecer o desenvolvimento da compreensão da criança, aqui vai algumas dicas: · Incentive-a a atender ordens a seu pedido. · Brinque bastante em frente ao espelho. · Utilize frases curtas e gramaticalmente fáceis. · Dê preferência às frases no tempo presente. · Incentive o brincar de faz-de-conta. Referência Bibliográfica: Williams, L.C.A. & Aiello, A.L.R. O Inventário Portage Operacinalizado: Intervenção com famílias. Editora Memnon, 2001.

Leis: TDAH e Dislexia

Os estudantes da rede pública de ensino com dislexia e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) poderão passar a receber atenção especial nas escolas em que estudam.Projeto de lei com essa finalidade, de autoria do senador Gerson Camata (PMDB-ES), foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em decisão terminativa.
A relatora da matéria, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), incluiu o transtorno do déficit de atenção no projeto, não presente no texto inicial de Camata.Segundo a senadora, o TDAH também ocasiona dificuldades na escola, tanto na aprendizagem quanto no relacionamento social.
O autor considerou que a inclusão aprimorou a sua proposta.Pelo projeto (PLS 402/08), o poder público deve manter programa de diagnóstico e de tratamento de estudantes da educação básica com essas duas disfunções, por meio de uma equipe multidisciplinar, com a participação de educadores, psicólogos, psicopedagogos e médicos, entre outros profissionais.

13 de março de 2010

Evolução das estratégias de leitura

A leitura muitas vezes é testada apenas pela capaciadade que a criança tem de compreender o que foi lido. Na verdade, a qualidade da leitura pode nos evideciar uma série de estratégias utilizadas pela criança. E estas estratégias, quando identificadas, nos dão muitos dados sobre a aprendizagem.
Todas as crianças utilizam estas estratégias na aprendizagem da leitura. Em crianças com distúrbios na leitura, estas estratégias podem demorar para aparecerem ou podem se apresentar alteradas. Neste caso, é importante pesquisar a rota de leitura da criança e as características qualitativas que esta leitura apresenta.
Bom, neste post, vamos nos ater somente às estratégias de leitura, ok?
De forma resumida podemos citar as seguintes estratégias:
Estratégia Logográfica:
A criança reconhece as palavras por meio de pistas não alfabéticas. Usam o contexto, a cor da palara ou o formato para dizer o que está escrito (Um exemplo claro é o rótulo da coca-cola). Na ausência destas pistas, a criança não reconhece a palavra. Se vc muda uma letra ou outra da palavra mas mantém as pistas de cor e formato, a criança pode não perceber a mudança das letras.
Estratégia Fonológica:
A criança passa a identificar e analisar os componentes das palavras (letras) e com isso inicia uma correspondência entre som e letra, o que a permite ler. É o início do aprendizado da leitura, porém a criança só lê palavras regulares (CV - consoante/vogal) e simples.
Estratégia lexical:
Esta estratégia de leitura se desenvolve numa época em que a criança aprende a reconhecer partes de palavras, sem necessariamente ocorrer uma análise minunciosa de cada letra e seus sons. Assim, a leitura fica mais fluente e a compreensão completa do que foi lido é evidente.
É importante ressaltar:
"Quando uma nova estratégia se desenvolve a anterior não desaparece, mas sua aplicação e importância diminuem".
" O treino da Consciência Fonológica, propicia a correspondência entre som e letra, tornando a leitura mais fluente e consequentemente mais fácil de ser compreendida".
"A Consciência fonológica pode ser usada nas escolas para previnir problemas de leitura e escrita".
Referência Bibliográfica:
Capovilla, A.G.S & Capovilla, FC. Problemas de leitura e escrita - Como identificar, previnir e remediar numa abordagem fônica. Editora Memnon. 2004

Exposição: "Arte Autista"

A APADEM ( Assoc. de Pais e Amigos do Deficiente Mental) está organizando uma exposição de ARTE AUTISTA. A exposição acontecerá no dia 31/03 na Secretaria Municipal de Educação de Volta Redonda/RJ. A APADEM convida a todos que conheçam um autista que faça pintura em tela e que queira participar, que nos coloque em contato com a familia, ou escola. Todos os quadros doados serão vendidos, e a renda revertida para a Associação, que desenvolve trabalho em prol das familias dos autistas. Cláudia Moraes, Presidente da APADEM, se coloca à disposição para mais informações. mhtml:%7B8652F1EF-E4B4-407D-B9D0-AABC462717CE%7Dmid://00000486/!x-usc:mailto:apademvr@gmail.comhttp://www.apadem.blogspot.com/ fone: 24-3337 3683

4 de março de 2010

Palestra na APADEM

Autismo, Reforçadores e Funções do Comportamento
Evento: Café no Sábado Dia: 27/03/2010 Horário: 14:00 Tópicos: -ABC do comportamento -Tipos de reforçadores -Como eleger o reforçador -Formas de usar o reforço -Funções do comportamento -Orientações
Palestrante:
Priscila Felix
Fonoaudióloga clínica da Linguagem Infantil.
Pós- graduada pela Universidade Gama Filho.
Membro da AGRADA, Colaboradora da ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção).
Em relação ao Autismo, atua com ABA, TEACCH, e PECs .
Nas Escolas desenvolve programas de prevenção, inclusão , cursos de capacitação. Realiza a capacitação e o treinamento das ATs ( Atendentes Terapêuticas) dos seus pacientes.
Entrada Franca. Local: Sede da APADEM- Rua: Beira-rio, 413, Voldac, Volta Redonda/RJ Contatos: 24- 3337- 3683http://mce_host/compose?to=apademvr@gmail.com

24 de fevereiro de 2010

Fotos do Mini Curso

Olá!

O Mini Curso "Brincar de Faz de Conta é coisa séria" foi muito prazeroso.
Em clima de descontração, vimos teoria e prática sobre a Brincadeira Simbólica.
Agradeço a presença e a participação ativa de todos! As perguntas, as contribuições e comentários deixaram o encontro tão lúdico quanto o tema.
Em especial, gostaria de agradecer, novamente, a diretora do Centro Educacional Crescendo Feliz, Érika Vasconcellos e a Orientadora Pedagógica Cibele Andrade, a recepção foi carinhosa e cuidadosamente organizada.

Diretora do C.E. CRescendo Feliz e eu, Priscila Felix

Demonstrações de cada etapa da Brincadeira Simbólica durante o Mini Curso

Exemplos de atividades para promover ganhos na Brincadeira Simbólica

Amigas fonoaudiólogas, Josi Fonsceca, Lorenza Feliciano, Ana Paula Mello, e eu.

Finalização em Clima de descontração.

Exposição dos materiais usados em demonstrações de cada etapa da Brincadeira Simbólica.

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Também contamos com a gratificante presença de:

Cínthia - Diretora da APADEM, em Volta Redonda

Ana e Danielle - professoras parceiras de longa data (Crescendo Feliz)

Jusimar - Psicopedagora

Terezinha - Psicóloga e Psicopedagoga

Elisângela, Aline e Cidinha - Professoras da APAE de pinheiral

Maristela - Pedagoga (Editora COC)

Bruna - Professora de Ed Infantil na Rede Pública

Ana Paula, Carla e Lílian - Mães envolvidas com os lindos filhos e o estudo constante

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Espero encontrar com todos vcs mais vezes!

Um abraço carinhoso

Priscila Felix

20 de fevereiro de 2010

Compulsões, Obsessões e Autismo

Ao ler o livro “Autismo infantil – Novas tendências e perspectivas”, me deparei com conceitos e novos estudos importantes para serem compartilhados. Indiquei o livro, na seção “Estou lendo...”, e gostaria de compartilhar algumas informações sobre o capítulo: Compulsões, Obsessões e Autismo. Neste capítulo, o autor (César de Moraes - Psiquiatra) comenta que o conceito de obsessão é muito prevalente na literatura do autismo infantil, porém devemos ter cautela para usá-lo e explica: A obsessão está relacionada ao pensamento obsessivo, e para que possa existir, é preciso que a pessoa com tal comportamento saiba conceituar seus próprios estados mentais e os de outras pessoas. Outra característica essencial é que a pessoa deve tentar resistir ou tentar evitar tais pensamentos. Diante disto, fica claro que as defasagens na área da linguagem que as crianças autistas apresentam dificultam os relatos acerca deste assunto e torna o termo obsessão algumas vezes inadequado. Muitas vezes há uma certa confusão para diferenciar os dois termos (obsessão e compulsão) e outras vezes os mesmos termos são tratados como sinônimos. Na clínica, é preciso fircarmos atentos, pois no relato dos pais isso acontece muito e precisamos fazer perguntas mais específicas para que a gente consiga entender o padrão de comportamento que está sendo dito. O autor ressalta que os pais percebem que a criança pode estar apresentando alguma idéia obsessiva muito mais pelo padrão compulsivo ou repetitivo de comportamento (que é muito mais fácil de ser avaliado) do que por relatos de seus filhos. Ou seja, é mais compulsão do que obsessão. Por outro lado, o autor concorda que é extremamente perceptível, para quem trabalha com autismo, o caráter repetitivo e intrusivo de alguns de seus pensamentos. Assim, ele explica que tais pensamentos levam a um comportamento compulsivo e quando esta compulsão não é "obedecida" pode acarretar sinais claros de ansiedade e sofrimento. Ele cita várias pesquisas, entre elas uma interessante de McDougle e col (1995) com resultados da comparação de dois grupos: um de adultos com autismo e outro de adultos com TOC (transtorno obsessivo compulsivo). E como era de se esperar, os resultados são diferenciados na Síndrome de Asperguer. Entretanto, a maior parte das pesquisas citadas conclui que o termo compulsivo é mais apropriado. Ao terminar o capítulo, pude constatar que esse é um bom exemplo de como as dificuldades intelectuais e de comunicação interferem no processo de avaliação de uma criança. Mas ressalto, este capítulo tem informações científicas valiosas, aliás o livro todo é bom, vale a pena ler.

19 de fevereiro de 2010

Dicas: TDAH na Escola

DICAS PARA LIDAR COM CRIANÇAS DESATENTAS E HIPERATIVAS NA ESCOLA. 1. Use estratégias e recursos de ensino mais flexíveis até perceber o estilo de aprendizado do aluno. Isso irá ajuda-lo a atingir um nível de desempenho escolar mais satisfatório. 2. Realize tarefas visuo-auditivas. Tarefas com mais de uma pista, facilitam a compreensão e assimilação da informação. 3. Desenvolva um método para auto-informação e monitoração. Ao final de cada semana, reserve alguns minutos para uma conversa com a criança, a fim de saber como ela está se saindo em sala de aula. Ouça sua opinião sobre progressos dificuldades. É necessário que a criança/ adolescente seja um agente ativo no processo de aprendizado. 4. O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar a sua auto-estima. Procure elogiar e incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso; 5. Sinalize o aluno, sempre que possível, sobre sua evolução e sucessos. A criança já convive com tantos obstáculos que precisa de estímulo positivo sempre que puder. 6. Procure afixar, em algum lugar visível, as regras de funcionamento em sala de aula. Os alunos se sentem mais seguros sabendo o que é esperado deles. Peça para eles fazerem placas com o que se pode e não pode fazer em sala. 7. Lembre-se que as regras devem ser breves e claras. Use uma linguagem adequada para o nível de desenvolvimento dos alunos. Evite sentenças muito longas. 8. Sempre que possível, transforme as tarefas em jogos. A motivação para o aprendizado certamente aumentará. 9. Estimule a criança a tomar nota dos pontos mais importantes de cada conteúdo. Isso a ajudará a organizar-se melhor. 10. Dê idéias de estratégias que auxiliam na memorização e cumprimento de atividades: anotações coloridas, lembretes, uso de agenda, celular etc... 11. Escrever a mão é uma tarefa difícil para muitas destas crianças. Considere possibilidades alternativas, como digitação em computador. 12. Elimine ou reduza a freqüência de testes cronometrados. Dificilmente, na vida real, a criança terá que tomar decisões tão rápidas. Estes testes apenas estimulam a impulsividade desses alunos. 13. Evite colocar o aluno no canto da sala onde a reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras, de frente para o professor e de costas para as demais crianças. 14. Faça com que a rotina da classe seja clara e previsível, crianças com déficit da atenção têm dificuldades de se ajustar a mudanças de rotina. 15. Reserve um canto do quadro onde as tarefas do dia fiquem expostas. Vá riscando uma a uma à medida que elas forem concluídas. A criança dessa forma irá se organizar melhor no tempo de cada atividade e no final ela verá a sua produtividade. 16. Afaste a criança das portas e janelas para evitar que elas se distraiam com estímulos alheios. 17. Deixe-as perto de fonte de luz para que possam enxergar bem, se possível em local que não dê sombra. 18. Intercale as atividades de alto e baixo interesse durante o dia. Não concentre o mesmo tipo de tarefas num só período. 19. Permita o movimento na escola. Peça para a criança ir buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar, em seguida, o autocontrole. 20. Esteja sempre em contato com os pais: Anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações. 21. A criança deve ter reforços positivos quando for em sucedida. Elogie-a no momento da atividade realizada com sucesso. 22. Faça uma recapitulação do que foi dito em sala de aula. Use preferencialmente esquemas para ilustrar e seja breve na explicação. 23. Dê ênfase ás palavras mais importantes que designem tempo, espaço, modo e ação. Por exemplo: A lição é para amanhã. 24. Evite dar várias ordens ao mesmo tempo. Diga uma coisa de cada vez. 25. Incentive a criança a utilizar estratégias facilitadoras no seu dia-a-dia, como acompanhar textos com o dedo, régua, assinalar os aspectos mais importantes etc... 26. Repita ordens e instruções, faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele atendeu; 27. Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalos entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;

12 de fevereiro de 2010

Mudança de local

Olá, Em função do número de participantes e para melhor acolhê-los, o mini curso do dia 23 acontecerá no Centro Educacional Crescendo Feliz em Volta Redonda. Aproveito para agradecer o "Crescendo Feliz" pela disponibilidade e parabenizá-lo pelo comprometimento com o estudo que vem demonstrando. Deixo aqui, o meu abraço carinhoso, em especial a Érika (diretora) e Cibele (orientadora pedagógica).
Brincar de "Faz de Conta" é coisa séria
A data e o horário continuam os mesmos: Dia 23 de Fevereiro (3a. feira) às 19:00 h As inscrições ainda estão abertas e as vagas são limitadas. Entre em contato: fonofelix@gmail.com Investimento: R$ 15,00. Abraços Priscila Felix

9 de fevereiro de 2010

Dicas: TDAH em casa

DICAS PARA LIDAR COM CRIANÇAS DESATENTAS E HIPERATIVAS EM CASA 1. Sente-se com a criança a sós e peça sua opinião sobre o que precisa ser feito para melhorar o seu comportamento. Ele freqüentemente terá sugestões valiosas. 2. Crie um caderno ou agenda “casa-escola-casa”. Isso é fundamental para melhorar a comunicação entre pais e professores. 3. As ordens devem ser breves e claras. Use uma linguagem adequada para o nível de desenvolvimento da criança. Evite ordens muito longas. 4. Caso seja extremamente necessário dar ordens longas, use o apoio da escrita. Bilhetes com o que se deve fazer lembrarão a criança dos detalhes que ela pode, eventualmente esquecer. 5. Avalie as tarefas executadas pela qualidade. O importante é o que foi pedido esteja sendo realizado. 6. Durante a realização dos deveres de casa, afaste a criança do que a distrai. Prepare um local de estudos adequado dentro de uma rotina previamente estabelecida. Organize a criança. 7. Evite falar de costas com a criança, fique no mesmo plano físico mantendo sempre o contato visual. Procure chamar a atenção dela antes de começar a falar. 8. Repita as ordens e instruções que foram dadas. 9. Peça para a criança repetir as ordens dadas, certificando-se de que ela memorizou e compreendeu toda a mensagem. 10. Não peça nada para a criança gritando de outro cômodo da casa. Fale perto dela e calmamente. 11. Leia os textos escolares após a criança e de forma coloquial converse com ela a respeito do conteúdo, pontuando os pontos principais. 12. Sempre que possível estimule a memória em situações cotidianas. Se você pediu para a criança apagar a luz depois de sair da sala e ela esqueceu, não cobre. Apenas diga: Eu te pedi um favor há alguns minutos... você lembra o que era ? Reuni estas dicas ao longo de várias leituras, por isso não cito bibliografias pois este guia de orientação foi montado com o tempo. Uso com freequencia no meu consultório com os pais.

7 de fevereiro de 2010

Dicas da TO sobre o lápis

Entre todos os instrumentos de escrita, o Lápis é sem dúvida o mais universal, versátil e econômico, produzido aos milhões todos os anos, mesmo na era da Internet.
É com o Lápis que as crianças de todo o mundo aprendem a escrever. É indispensável para todos os tipos de anotações, traçados e rascunhos - sobretudo para tudo o que possa ser escrito ou desenhado à mão.
O Lápis é um produto de longa durabilidade, que exige poucos cuidados.Quais são os cortes utilizados?
-Hexagonal: Formato padrão para o uso em escolas e escritórios. Não rola na mesa.
-Redondo: Em escritórios, especialmente para taquigrafia. Fácil de girar na mão.
-Triangular: Muito ergonômico para crianças que estão na fase pré-escolar. Permite a perfeita acomodação dos dedos,preensão correta (indicador,polegar e dedo médio) e provoca menos cansaço ao segurar.
Lápis JUMBO E TRIANGULAR: os lápis Jumbo possuem pega mais firme. Além disso, oferece mina muito mais grossa e resistente.
Por possuir diâmetro maior, é ideal para:
-crianças na fase pré-escolar(3-4 anos)
-crianças com dificuldade coordenação motora fina.
JOHANNA TERAPEUTA OCUPACIONAL

5 de fevereiro de 2010

Consciência Fonológica

Ao realizar programas de Consciência Fonológica nas Escolas, é comum ouvir perguntas dos pais em relação ao conceito e os benefícios desta habilidade metalingüistica para a criança. Por isso, procurei explicar aqui no blog as dúvidas mais frequentes e de uma forma bem simples. O que é Consciência Fonológica ? A consciência fonológica é a habilidade de perceber os sons da fala, independentemente dos seus significados. Envolve a manipulação auditiva e oral dos sons. Como é o treino das habilidades de Consciência Fonológica ? Através de atividades direcionadas e específicas. Todas as atividades são feitas de forma lúdica e, a criança geralmente interage e participa ativamente. Elas aprendem a perceber sons de rima, dividir palavras em unidades menores, identificar palavras isoladas, mexer na ordem dos sons formando novas seqüências, e consequentemente, perceber que sons falados podem ser escritos e vice-versa. O que parece ser óbvio para leitores proficientes, é um grande motivo de estimulação para crianças que ainda vão aprender a ler. Por que realizar atividades de Consciência Fonológica com as crianças ? Antes da compreensão do princípio alfabético, as crianças devem entender que aqueles sons associados às letras são os mesmos sons da fala. As atividades têm como objetivo criar uma ponte entre a linguagem oral e a escrita, tornando a leitura e escrita mais fácil e produtiva. Qual a importância da Consciência Fonológica para a Educação Infantil ? A instrução explícita das habilidades de Consciência Fonológica é muito eficaz em promover os passos iniciais da leitura. O treinamento da consciência fonológica é benéfico para os leitores iniciantes, começando aos 4 anos de idade. Como já foi dito anteriormente, a leitura e a escrita criativa, se torna mais fácil e produtiva, e por isso as atividades de Consciência Fonológica, tem caráter preventivo. Como inserir a Consciência Fonológica na Educação Infantil ? Através de atividades de escuta, atenção auditiva, percepção e manipulação dos sons. As atividades devem ser lúdicas para favorecer a interação e a motivação da criança. O fonoaudiólogo desenvolve atividades e instruções cuidadosamente planejadas, e orienta o professor em relação a aplicação das mesmas em sala de aula. O ensino da Consciência Fonológica deve ser apropriado à idade. Os níveis de Consciência Fonológica que serão trabalhados, serão determinados pelo fonoaudiólogo. Cabe ao professor, incluir as atividades em sua prática diária, observar as respostas para trocar informações com o fonoaudiólogo e incentivá-las de forma lúdica. Como trabalhar a Consciência Fonológica em casa ? Diferentes formas lingüísticas, as quais a criança é exposta dentro de uma cultura, vão formando sua Consciência Fonológica, entre elas destacamos: as músicas, cantigas de roda, poesias, parlendas e os jogos orais. Dê preferência aos livros com rimas, explore a percepção de sons engraçados, incentive a atenção auditiva aos sons do ambiente. Como saber se o meu filho está se beneficiando com o treino da Consciência Fonológica ? As crianças começam geralmente a exibir o início da sua consciência fonológica quando demonstram que apreciam as rimas e as aliterações (sons parecidos em palavras diferentes). Para muitas crianças, isto começa muito cedo durante o desenvolvimento de sua fala e é facilitado pela leitura dos livros apropriados e atividades envolvendo as habilidades auditivas.

2 de fevereiro de 2010

Brincadeira Simbólica

Olá Seguidores! No ano de 2009, realizei algumas palestras no meu próprio consultório. As palestras eram somente para os pais dos meus pacientes. Foi uma experiência que deu certo! Por isso, a pedido dos próprios pais, neste ano de 2010 vou abrir espaço para outras pessoas assistirem as palestras. O objetivo é dar informações sobre diferentes assuntos e, assim os pais podem agir com mais embasamento e conhecimento. A primeira palestra deste ano será sobre Brincadeira Simbólica, um mini-curso com duração de 2 horas.
Brincar de "Faz de Conta" é coisa séria
Público alvo: profissionais da educação, pais e pessoas interessadas. Dia: 23 de Fevereiro (3a. feira) às 19;00 h Local: Shopping 33, Torre I, sala / grupo 401 - 407 As inscrições poderão ser feitas através do e-mail: fonofelix@gmail.com Investimento: R$ 15,00 Agora, o mini curso é para todo mundo, será um prazer encontrar você!

29 de janeiro de 2010

As consequencias do rótulo

Os professores não querem ser rotulados
“Recentemente, quando estava a leccionar um curso sobre testes e medidas na Universidade de Kent State, decidi aplicar um teste de inteligência colectivo na aula. Quis que os alunos «sentissem» como era fazer um teste e compreendessem que aqueles itens eram usados para medir inteligência. Também pensei que talvez ficassem mais cientes do pouco tempo que demora obter um número que é considerado por muitos educadores de uma importância extrema. Foi dito aos alunos que não escrevessem os seus nomes nos testes, mas que, em vez disso, utilizassem um código, como o número da casa onde viviam, medidas físicas ou qualquer símbolo menos óbvio. Expliquei-lhes que realmente não tinha fé nos resultados de QI; e portanto, não queria saber os seus resultados de QI.
A aplicação do teste só demorava 50 minutos. Parece que os alunos gostaram de o fazer e riram-se de algumas das tarefas que tinham de realizar. Eu próprio me ri quando vi alguns deles a olharem para as mãos e para os pés enquanto respondiam aos itens relativos à direita e à esquerda.
Ao cotar os testes verifiquei que o nível de QI mais baixo era de 87 e o mais alto de 143. O resultado médio de QI para os 48 alunos foi de 117. Não fiquei espantado com o 87, embora tivessem completado com êxito os cursos de educação geral e de ensino na Universidade de Kent State e estivessem prestes a licenciar-se no final daquele semestre. Ao fim e ao cabo, os testes de QI têm muitas limitações.
Tive, então, uma ideia. Decidi preparar um relatório para cada aluno, onde escrevia o seu código no seu exterior e «QI=87» no interior de cada relatório. Dobrei e agrafei cada relatório; afinal, um QI é uma informação confidencial.
Na aula seguinte empilhei os relatórios dobrados numa secretária na parte da frente da sala. Escrevi a variação e a média do QI no quadro. Muitos dos estudantes deram gargalhadas ao pensar que alguém tinha obtido 87. Os alunos ficaram impacientes e ansiosos à medida que lhes ia explicando o procedimento a terem com os seus relatórios. Fiz questão em lhes dizerem para não contarem aos outros o seu resultado de QI, porque isso faria com que a outra pessoa sentisse que também teria de divulgar este «dote global». Depois dei instruções aos alunos para irem até à secretária, uma fila de cada vez, e para procurar a folha com o seu código. Fiquei acanhadamente quieto, com vontade de rir às gargalhadas, enquanto observava os alunos a abrirem as suas folhas e lerem «QI=87». Muitos abriram, espantados, as bocas e a seguir sorriram para os amigos fingindo mostrar que estavam muito contentes com o seu resultado. Houve um silêncio absoluto quando comecei a discutir as implicações dos resultados de QI. Expliquei-lhes que em alguns estados norte-americanos uma pessoa que tem QI inferior a 90 é classificada como alguém com dificuldades de aprendizagem. Acentuei o facto de que um teste de inteligência colectivo não deve ser utilizado para fazer uma classificação deste tipo. Também dei ênfase ao facto de que alguém naquela aula poderia ter sido classificado como tendo dificuldades de aprendizagem e poderia ter sido colocado numa classe especial com base no resultado daquele teste.
Contei-lhes a forma como muitos conselheiros vocacionais teriam desencorajado um aluno destes a frequentar a faculdade. Mais uma vez realcei o facto de que uma pessoa naquela turma estaria prestes a tirar a sua licenciatura, tendo passado a várias disciplinas de História, Biologia, Inglês e muitas outras áreas.
Em seguida, expliquei-lhes que a maioria dos professores do ensino básico acreditam no agrupamento por capacidades. Este, normalmente, é feito com base em testes de inteligência e que, por isso, gostaria de experimentar grupos de capacidades naquela aula para ver, mais uma vez, «como é que eles se sentiriam». Alguns alunos refilaram logo, dizendo que «eu é que tinha dito que não queria saber os seus resultados de QI».
Acalmei-os explicando que seria uma experiência de aprendizagem valiosa e assegurei-lhes que realmente não acreditava em resultados de QI.
Disse aos alunos para não se levantarem naquele momento, mas que gostaria que todos aqueles que tinham obtido um QI abaixo de 90 viessem para a parte da frente da sala para estarem mais perto de mim, de modo a que eu pudesse aconselhá-los individualmente. Pedi aos alunos que tinham um QI médio (entre 90-109) para irem para trás e se sentarem a meio da sala. Foi pedido aos alunos com um QI médio que se deslocassem para um dos lados da sala e se sentassem na parte de trás da sala porque, de facto, não precisavam de ajuda extra. «OK, todos os que têm Qis abaixo de 90 venham para a frente.» Os alunos olhavam à sua volta para verem quem é que tinha um resultado abaixo de 90. Eu disse que sabia que havia um 87 e talvez dois 89. De novo fez-se silêncio absoluto.
«Ok, todos os alunos cujo QI se situa entre 90-109, desloquem-se para a parte de trás.» Logo, e para meu espanto, 8 ou 10 alunos pegaram nos seus livros e dirigiram-se para a retaguarda. Antes que pudessem lá chegar, anunciei: «Esperem! Sentem-se! Não vos quero embaraçar, vocês iriam mentir e fazer batota, do mesmo modo que fazem os nossos alunos mentir e fazer batota, porque vocês não querem ser classificados como «lentos». Eu escrevi «QI=87» em todas as folhas!
A turma explodiu. Houve reboliço durante cinco minutos. Algumas das mulheres choraram. Algumas disseram que precisavam de ir para a sala de descanso. Todos concordaram que tinha sido uma experiência horrível mas simultaneamente valiosa.
Pedi-lhes, então, que me fizessem um favor: «Se faz favor não rotulem crianças. Porque somos todos “dotados”, “médios” e “lentos”, dependendo das tarefas que temos de fazer». Eles prometeram.”
Harry W. Forgan Phi Delta Kappan, Setembro de 1973
Realmente, a data do texto é o que o torna ainda mais interessante!!